quinta-feira, 7 de abril de 2016

CATETER VENOSO CENTRAL (CVC)


DEFINIÇÃO

Cateter Venoso Central: É a inserção do cateter em veia subclávia, jugular interna ou femoral, que desembocam no coração direito (átrio direito) ou suas proximidades.
Intra-cath: É um cateter não tunelizado.
Os cateteres venosos proporcionam maior conforto e segurança nas aplicações de quimioterápicos, sendo indicados para tratamentos prolongados ou que exijam a administração de medicamentos com maior risco de causar inflamações nas veias ou lesões na pele, em caso de extravasamento.



PARA QUE SERVE?

O cateter tem o objetivo:
  1. Vias de acesso para cateteres de monitorização hemodinâmica (PVC, etc.) ou outras finalidades;
  2. Administração de soros e drogas injetáveis em grande quantidade por tempo prolongado;
  3. Via de acesso para suporte nutricional parenteral.
POR QUEM O CATETER PODE SER IMPLANTADO?
O cateter pode ser implantado por um enfermeiro habilitado e especializado neste tipo de procedimento e o médico. Só eles poderão manipulá-lo adequadamente.
DESCRIÇÃO E FUNÇÕES:
Higienizar as mãos (conforme protocolo).
Preparar todo material necessário.
MATERIAL
1. Caixa de intra-cath;
2. Cateter intra-cath calibre compatível;
3. Seringa de 20ml descartável;
4. 2 agulhas (25x7);
5. 1 frasco anestésico a 2%, sem vasoconstritor;
6. 1 par de luvas (estéril);
7. Gazes esterilizadas;
8. Clorexedina alcoólica ou PVPI - alcoólica;
9. Solução a ser infundida, com equipo completo;
10. Pacote com campos (fenestrados e simples);
11. Avental estéril, máscara cirúrgica e óculos de proteção;
12. Fio de sutura mononylon 3-0, agulhado;
13. S.F. 9% para limpeza da inserção do cateter após punção;
14. Curativo transparente estéril (tegaderm).
Após reunir o material necessário, a enfermagem coloca o paciente:
1. Em posição de Trendelenburg (cabeça cerca de 15% abaixo do tronco);

2. Prepara a área e realiza antissepsia local;
3. Colocar coxim nas costas ao nível das clavículas (se possível, para punção de subclávia ou jugular) exceto se for impraticável ao paciente por problemas de imobilização, artrose, trauma medular e etc.
4. Virar a cabeça do paciente para o lado contrário ao que será realizado;
5. Fornecer o material solicitado pelo médico;
6. Preparar soro com equipo para conexão imediata após punção;
7. Testar refluxo abaixando o soro em nível inferior à altura da veia;
8. Aguardar fixação do cateter pelo médico;
9. Realizar curativo, com pinças utilizadas para a passagem do cateter ou calçar luvas estéreis, limpando o local da inserção e a área subjacente com S.F. 0,9% e colocar curativo transparente, para visualizar presença de sangramento ou presença de sinais flogísticos (sinais inflamatórios como vermelhidão, dor, rubor, presença de secreção) no local da inserção do cateter;
10. Reunir todo material utilizado da caixa e proceder a limpeza conforme a rotina da unidade;
11. Desprezar o material perfuro cortante na caixa própria;
12. Lavar as mãos (conforme protocolo);
13. Retornar paciente para a posição confortável ou posição anterior a punção;
14. Identificar curativo com data de realização;
15. Observar filtramento e infiltração, enfisema subcutâneo, dor, etc., no local da punção;
16. Observar atentamente alterações dos sinais vitais e outras manifestações tais como sudorese, palidez, cianose, dispneia, dor torácica que podem indicar complicações quanto ao procedimento; avisar o médico e aguardar solicitação de Raio X de tórax no leito;
17. Fazer anotações de enfermagem.
OBS: Trocar o curativo transparente semipermeável (tegaderm) se estivar úmido, sujo ou na troca do cateter. Fazer anotações de enfermagem.
COMPLICAÇÕES
1. Pneumotórax;
2. Hidrotórax;
3. Hemotórax;
4. Lesão carotídea;
5. Embolia aérea;
6. Hematoma;
7. Infecção, sepse, trombose do cateter ou da veia;
8. Lesão do plexo cervical;
9. Lesão das estruturas cervicais.
Frequência de troca de cateter e de sítio:

Não tunelizados (intracath) - Não trocar de rotina e nem por fio guia; apenas com suspeita de infecção.

Frequência de troca de Curativo:

Trocar o curativo se estiver úmido, sujo ou na troca do cateter;
Não usar pomadas no curativo;
Curativo com estéril transparente semipermeável padronizado pela Comissão de Prevenção e Tratamento de Feridas.

Frequência de troca de equipo:

A cada 72 horas (Sistema fechado);
Trocar equipos para infusão de sangue e derivados a cada bolsa. Tempo de infusão de até 4 horas;
Trocar equipos para infusão de soluções de lipídios até 24 horas;
Tempo de infusão de lipídios até 12 horas;
Para infusão de Propofol trocar o equipo a cada 6/12 horas. 

Preparo do sítio de inserção:

Adultos: Fricção c/PVP-I alcoólico e ou clorexidina por 2 minutos;
RN: Fricção com clorexidina por 2 minutos.

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