Potter (2002, p03) afirma que para ajudar uma pessoa a manter, aumentar e recuperar o nível de saúde, o enfermeiro deve ser capaz de estabelecer os julgamentos clínicos adequados.
AVALIAÇÃO GERAL
- Deverá ser realizado após a anamnese;
- O exame deve ser céfalo-caudal;
- O enfermeiro e o paciente devem estar em posição correta;
- Deve-se ter cuidado com o ambiente do exame, a iluminação deve ser adequada ((luz natural ou artificial de cor branca);
- Deve ser preservada a privacidade e somente os seguimentos avaliados devem ficar descobertos durante o exame;
- Seja ético e respeite o método clínico. Seja cortês e olhe para o paciente;
- Preserve regiões onde o cliente esteja queixando-se de dores;
- O referencial anatômico é fundamental;
- O paciente tem direito a um acompanhante durante o exame. Cumprimente o acompanhante;
- O enfermeiro deve explicar seus objetivos e solicitar o seu conselho;
- Para a avaliação de órgãos genitais, pode solicitar a saída do acompanhante e caso possível solicitar um auxiliar para acompanhá-lo;
- Sempre inspecionar, palpar, percutir e auscultar, com exceção do abdômen;
- Verificar simetria de ambos os lados do corpo;
- Proceder a educação e orientação do auto cuidado;
- Considerar fatores que influenciam nos sinais vitais.
- Sentado;
- Supino;
- Em pé.
TÉCNICA E PREPARO
- O ambiente deve ser tranquilo;
- Assegurar a privacidade do cliente;
- Lavar as mãos antes e depois;
- Preparo psicológico;
- Ajudar o cliente a subir e descer da mesa de exame;
- Aquecer o estetoscópio (se necessário).
PREPARO DO CLIENTE
- Explicar a finalidade do exame;
- Ao examinar cada sistema orgânico, explicar com maior detalhe;
- Deixar o cliente relaxado e manter o contato visual;
- Nunca forçar o cliente a continuar;
- Adaptar a velocidade do exame de acordo com a tolerância física e emocional do cliente;
- Acompanhar as expressões faciais do cliente;
- Ao examinar a genitália (caso cliente permita), manter uma terceira pessoa de preferência do mesmo sexo do cliente.
MATERIAL
- Balança;
- Esteto;
- Esfigmomanômetro;
- Lupa;
- Espátula;
- Termômetro;
- Fita métrica;
- Lanterna;
- Luvas (em causa de precaução de contato).
OBS: Esses são os principais instrumentos.
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS
INSPEÇÃO
- A inspeção consiste no processo de observação. Um exame visual das partes do corpo;
- Deve-se perceber os sinais precoces de anormalidade;
- A prática leva o enfermeiro a perceber as variações de uma pessoa para outra.
ATITUDE/POSIÇÃO
PALPAÇÃO
- A palpação envolve o uso do sentido do tato: avalia-se resistência, elasticidade, aspereza, textura e mobilidade.
- As pontas dos dedos são utilizadas para avaliar textura, forma, tamanho e consciência.
- O dorso da mão para avaliar temperatura.
- A palma da mão é sensível a vibração
Auxilia na determinação do tamanho, da forma, da posição e da sensibilidade da maioria dos órgãos abdominais, bem como a identificação de massas e acúmulo de fluídos.
OBS: Palpar no sentido horário, porém reservar para o final áreas previamente mencionadas pelo paciente como dolorosas ou sensíveis.
MODALIDADES DE PALPAÇÃO
- Palpação Superficial - Inicia-se mantendo-se os dedos de uma das mãos estendidos, fechados entre si, e com a palma da mão e o antebraço em plano horinzontal; pressiona-se de forma delicada a superfície abdominal, com movimentos suaves.
OBS: Observa-se massas ou órgãos superficiais, áreas de sensibilidade dolorosa e contratura muscular reflexa.
- Palpação Profunda - Com o paciente respirando pela boca, com a mandíbula entre aberta, a parede abdominal é deprimida em profundidade (aprox. 5 cm) a cada expiração. Com maior pressão dos dedos, verifica-se tamanho, forma, consistência, localização, sensibilidades, mobilidade e pulsações de órgãos ou massa.
OBS: Em pacientes obesos a palpação profunda pode ser facilitada usando-se duas mãos, uma sobre a outra, exercendo pressão.
ÁREAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
PELE - Temperatura, hidratação, resistência, textura, tensão e elasticidade, sensibilidade.
FÍGADO E INTESTINO - Tamanho, forma, sensibilidade, presença ou ausência de massa.
PULMÕES - Vibração de sons locais.
TIREOIDE E LINFONODOS - Aumento, simetria, mobilidade, tamanho, sensibilidade, localização.
ARTÉRIAS - Amplitude, frequência e ritmo do pulso, elasticidade arterial.
MÚSCULOS - Tamanho, forma, tônus, sensibilidade e rigidez.
PERCUSSÃO
Para Potter (2002, p.39) percussão é bater no corpo com as pontas dos dedos para demarcar (...) muita prática é necessária para se tornar competente na percussão.
Auxilia na determinação do tamanho e da localização das vísceras sólidas e na avaliação da presença de distribuições de gases, líquidos e massas.
Inicia-se pelo quadrante inferior direito, seguindo no sentido horário.
São cinco sons básicos da percussão:
- Timpânico: Como um tambor (víscera vazia).
- Ressonância: Oco (pulmão normal).
- Hiper-timpanico (pulmão enfisematoso).
- Maciço: Sólido (vísceras cheias, ou fígado).
- Sub maciços: Músculo.
Em geral predominam os sons timpânicos, definidos como sons claros de timbre baixo.
O grau de timpanismo depende da quantidade de ar e da distensão dos órgãos (estômago vazio e intestinos).
Sobre órgãos sólidos, como fígado e baço ou vísceras preenchidas por líquidos ou fezes, são percebidos sons breves, com timbre alto de macicez e submacicez.
OBS: Abdome distendido - som hiper timpânico difuso - possibilidade de obstrução intestinal.
Áreas extensas de macicez - possibilidades de órgãos aumentados.
AUSCULTA
É a audição dos sons produzidos pelo corpo. A maioria deles é audível com estetoscópio.
Dicas:
- Prestar atenção no som, assim como em suas características;
- O sino dos estetoscópio deve ser utilizado para auscultar sons mais graves (sons cardíacos anormais);
- Usar o diafragma para sons cardíacos, intestinais e pulmonares normais;
- Caracterizando o som: sopro, borbulhante, ruído hidro-aéreo;
- A duração é curta, longa ou média?
- Os sons são hiperativos ou hipoativos?
MANOBRA DE RUAULT
Posicionar as mãos sobre os trapézios, com os dedos em direção às clavículas e os polegares na parede posterior em direções convergentes, formando prega cutânea. Realizar para verificar a expansibilidade apical do tórax.
MANOBRA DE EXPANSIBILIDADE PULMONAR
PULMÃO, CORAÇÃO E FÍGADO
PALPAÇÃO DO BAÇO
SINAL DE BLUMBERG
DOR CRÔNICA QUANDO APERTA E AGUDA QUANDO SOLTA ABRUPTAMENTE.